São Sebastião, o Padroeiro da cidade hoje celebrado, parece que anda derramando suas bençãos sobre o Rio com prodigalidade. Porque são bons – e certamente muito animadores – os sinais das “flechas do bem” assestadas sobre sua cidade, a “muy leal e heróica”.
Para começar, o choque de ordem que deste espaço clamei no primeiro dia do ano prossegue a todo vapor. As ruas estão sendo desocupadas, o crescimento das favelas com possibilidades concretas de limitação, o trânsito repensado… Meu Deus, até parece uma miragem, tantos os anos de abandono da nossa urbe sebastiana à má sorte mais comezinha. Fundamental – e isso vem sendo apontado por todos os cariocas rescaldados com a desordem – que o governo Eduardo Paes prossiga com suas intenções benéficas sem esmorecimento. A continuidade das ações – e os maus hábitos são muitíssimo difíceis de serem deslocados nas primeiras tentativas – deve prosseguir por anos a fio. Até por um segundo governo, se necessário.
Aliás, falando em dirigentes, dois registros simpáticos que cabem anotar: a posse de Jandira Feghali no Teatro Carlos Gomes entupido de artistas e agentes culturais. A cerimônia foi marcada por falas comedidas e pela participação da nova Secretária executando música. Ela à bateria… O que é cativante.
Outro registro, outra flecha sintomática do nosso atento Padroeiro. O Prefeito Paes e o Governador Cabral, juntos, prestigiando dois acontecimentos teatrais numa única semana: “Tom e Vinícius” e Marília Pêra em “Gloriosa”.
Nada mal, quando é tão raro se verem administradores públicos nas filas de gargarejo dos nossos teatros.
Ricardo Cravo Albin
Escritor e Jornalista
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