Esse título aí acima pode parecer estranho, quando não surreal, se lido ao pé da letra.
Mas faz todo sentido, a partir do momento em que se projeta – via internet mundial – uma campanha pública para se votar nas Cataratas do Iguaçu como uma das “Sete Maravilhas do Mundo Moderno”. Nós, cariocas, já votamos há quatro anos no Cristo Redentor, e saímos vitoriosos. Agora, o Brasil aponta à votação pública um dos mais belos e impactantes lugares do planeta, as centenas de quedas d’água que formam o radioso conjunto das Cataratas. Há pouco dias, uma ação conjugada entre a Itaipu Binacional e a Prefeitura de Foz de Iguaçu lançou no Rio, precisamente no sítio histórico onde a cidade nasceu, o Largo da Mãe do Bispo na Urca, a campanha “O Rio abraça as Cataratas”. Uma platéia de mais de 100 pessoas – escolhida à dedo pelo jornalista/pintor paranaense Rogério Bonato e pela carioca Ana Maria Tornaghi – assistia à campanha em quatro preciosos filminhos, que encantaram os muitos formadores de opinião e os dois cantores cariocas que apadrinhavam a campanha, Zezé Motta e Pery Ribeiro. O ex-presidente Lula não pode vir, mas enviou mensagem de apoio integral ao ato.
Fiquei impressionado pela precisão e rigor das peças turísticas apresentadas, todas elas não apenas mostrando a beleza embriagadora e singularíssima das Cataratas. Cativou-me, sobretudo, a generosidade dos textos da campanha, confrontando a pujança e a grandeza das Quedas do Iguaçu com a confiança do Brasil no seu grande futuro. Como que, simbolicamente, o fluxo permanente das águas purificasse e retonificasse um Brasil que quer, cada vez mais, exorcizar a corrupção. E levar correnteza abaixo os que teimam em impedir o fluxo das águas correndo para um destino grandioso.
Ricardo Cravo Albin