Com a conquista do direito de sediar as Olimpíadas de 2016, as lupas do Brasil e do mundo estão mesmo assentadas para a capital do Estado do Rio, de resto a capital do afeto de todos os brasileiros.
Há um longo caminho a ser ainda percorrido, findo o qual a recuperação definitiva do Rio se fará por inteiro. Claro que todos nós cariocas sonhamos com uma cidade mais segura, mais bem dotada de transportes, zelosa pelos seus recursos hídricos, sobretudo as lagoas e a Baía de Guanabara.
No mesmo dia em que o Rio venceu na Dinamarca, a revista Carioquice (infelizmente ainda não nas bancas) começou a circular. Como faz a cada três meses para mailing exclusivo (seis mil destinatários), pontualmente há quatro anos e meio.
O acúmulo de carioquices deste número – o carioca João Moreira Salles, autor do maravilhoso filme “Notícia de uma guerra anunciada no Rio” está na capa – é mesmo a ser registrado. Até pela originalidade de perfilar gente como a atriz cômica Zezé Macedo (sabiam que era eximia poetisa?) ou os irmãos gêmeos Caruso – costumo deles dizer que são até melhores que o primo remoto, o tenor Enrico. E o que dizer de referências gastronômicas como a churrascaria Majórica, uma das últimas do Rio que não desfia essa sensaborice de carne em rodízio.
Aliás, entre as carioquices que o Rio agora tem o direito – e até o dever – de preservar então os seus prêmios tradicionais, o Golfinho de Ouro e o Troféu Estácio de Sá. Símbolos legítimos da cidade, hoje a capital não só do Estado do Rio. Por certo a de todo o Brasil!
Ricardo Cravo Albin
Escritor e Jornalista
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