Há um velho ditado que diz: “o voto é secreto”. Isso tudo vem a propósito das eleições para presidente do meu querido Fluminense Futebol Clube. Até porque há poucos dias tornou-se pública a candidatura de Júlio Bueno para o cargo máximo da representação tricolor. Ora, nós, os velhos seguidores da paixão avassaladora de Nelson Rodrigues pelas cores do clube de João Havelange e Francisco Horta – e também de Alberto Santos Dumont ou de Marcos Carneiro de Mendonça, pra não citar Nelsinho Motta (autor de belo perfil do Clube em livro), Chico Buarque ou Ivan Lins – temos o dever de torcer pelo melhor.
E ninguém mais elegante (o clube também, por que não? precisa, sim, desse item), mais eficaz, mais executivamente viável que Júlio Bueno.
Claro que vocês sabem que Júlio foi o eficacíssimo presidente da BR e é hoje o não menos operoso Secretário de Desenvolvimento Econômico, Petróleo e Energia do governo Sérgio Cabral.
Isso já daria a Júlio Bueno todas as condições, digamos técnicas/estratégicas, para ser o novo presidente tricolor. Mas o nosso candidato vai além: é fraterno e generoso como ser humano. Exemplo disso foi um pequeno gesto, que para os mais empedernidos de coração pode nada significar. Ele socorreu há semanas, a famosa cantora da Era do Rádio Carmélia Alves, a Rainha do Baião. Que passava – doente – por grave crise também financeira. E fez mais: encontrou tempo em sua agenda repleta para se dedicar a lhe arranjar espetáculos e até uma vaga no Retiro dos Artistas. Para mim, isso é mais um bom sinal para que Júlio Bueno seja consagrado como o melhor candidato a substituir o médico Roberto Horcadas, meu cardiologista e amigo.
Ricardo Cravo Albin
Presidente do Conselho de Empresarial de Cultura da ACRJ
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