Será que a inteligência pode ter idade? Pode sim, já que o título, possivelmente provocador, refere-se a uma das melhores revistas que já apareceram no Brasil, há exato um quarto de século, a Insight Inteligência.
O aniversário dos 25 anos foi celebrado com uma mesa redonda e coquetel no auditório lotado da Academia Brasileira de Letras nessa última quinta feira. O anfitrião, acadêmico Joaquim Falcão, recebeu os convidados do editor da Insight Luiz Cesar Faro com a simpatia habitual, enquanto o cientista político Christian Lynch, editor da Inteligência, apresentou os palestrantes do seminário “Agendas para o Brasil – Caminhos da Renovação”. Instigante elenco de intelectuais que agregaram mil volts de inteligência para desenvolver os nem sempre fáceis caminhos que conduzem a pensar a renovação do Brasil.
Maior exercício das possibilidades de abranger a inteligência e a criatividade, impossível.
Mas personalidades do porte de Nelson Jobim, Aloísio Araujo (professor da FGV e Lupa), Paulo Gadelha (Presidente da Fiocruz), Pedro Dória (colunista do Globo), Rosiska Darcy de Oliveira (acadêmica da ABL) e Silvio Almeida (Ministro dos Direitos Humanos) deram conta do recado.
O Seminário foi austero, como convém à publicação que porta nome tão pretensioso. No caso dela, adequado porque justo.
Ao deixar o auditório da ABL telefonei para o editor do Correio da Manhã, o jornalista Claudio Magnavita, que de imediato agregou a solidariedade do tradicional jornal de Niomar e Paulo Bittencourt à Insight Inteligência, como eu esperava.
Ainda mais quando relatei ao nosso editor que a Revista Carioquice, agora almanaque anual editado pela mesma Insight, nasceu de uma entrevista feita por Faro e pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos na sede do Instituto Cravo Albin na Urca.
De fato, a leveza ao perfilar a vida e o bom humor do carioca conferia perfeito equilíbrio e preciso contraponto à sisudez de publicação que ganhou fama (“e jamais se deitou na cama…”) por pensar, discutir e avaliar o presente e o futuro de um país que nunca foi para principiantes, como sempre acentuaram nossos caricaturistas. E, pour cause, seus mais agudos definidores.
Ricardo Cravo Albin
14/04/2023