Na última semana participei de apetitosos eventos, como a posse de Dirce de Assis no Pen Clube, onde a filha do Tenente Dilermando de Assis esgrimiu uma comovente defesa do pai, corajosa e inédita, no episódio da morte de Euclides da Cunha.
E estive, em almoço na Associação Comercial, onde se fez uma intransigente defesa do Rio, por conta da tentativa de mudanças das cotas do pré-sal. Os argumentos que ouvi de José Luiz Alquéres e de Julio Bueno, representando o governador Sérgio Cabral, na defesa do óbvio – proteger o Rio de um esbulho casuístico – foram esmagadores. E estimulantes o bastante para me somar aos que pugnam pela razão e pela verdade. Até porque a castração – foi o proposto pelo Governo Federal – dos estados e municípios produtores é abjeta. Porque indecente. Não há como negar que toda essa história – inclusive a própria administração do pré-sal – vem singrando perplexidades. Mas o pior é a injustiça dos técnicos do governo que ignoram os riscos ambientais que uma fonte energética impura e não ecológica pode provocar nos municípios onde estão localizadas as reservas. Alquéres e Julio Bueno entusiasmaram os comensais proclamando duas necessidades: a volta dos percentuais atuais para o Rio e uma redefinição do pacto federativo, distribuindo mais e melhor para todos os estados os benefícios. Que virão – atente-se para o açodamento do debate – em no mínimo daqui a 10 anos. E se vierem mesmo nos números anunciados por um governo já em plena campanha eleitoral.
Ricardo Cravo Albin
Escritor e Jornalista
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