2009 começa finalmente hoje. E os olhos estarão centrados nos novos prefeitos. Cá no Rio, as expectativas se renovam com Eduardo Paes. Há sempre muito o que fazer quando a oposição se empossa. E mais ainda quando a cidade atende pelo nome de Rio de Janeiro, símbolo eletrizante de sedução, de turismo e de música popular, não ostentasse nosso aeroporto internacional o nome de Tom Jobim.
Aliás, dentre os problemas cariocas – e são muitos a serem enfrentados pelo novo prefeito – não há como se desprestigiar o Galeão. As autoridades do Rio, como Júlio Bueno, estão cobertas de razão: é inacreditável que o Santos Dumont esteja superativado e o Tom Jobim quase às moscas…
Os desafios de Eduardo Paes – e estamos todos apostando no convergir de Paes com Cabral e Lula – não param por aí. Na verdade, um rosário de providências urgentes o aguarda. Como carioca militante aventuro-me a lhe sugerir três prioridades: 1- a ordem urbana, necessária nas ruas e no trânsito (a CET-RIO é órgão-chave de qualquer administração municipal), e nas posturas públicas (funcionamento de calçadas: camelôs circunscritos e mais respeito aos pedestres). 2 – a limitação urgente das favelas: basta de crescimento desordenado e das verticalidades indecentes! E 3 – campanhas educativas para o exercício de compreensão daquilo que chamo de “cidadania carioca”. Ou seja, um sutil estado de espírito que possa propulsionar a volta do orgulho de ser carioca. Ou até de “estar” carioca. Fácil? Claro que dificílimo, mas possível. Desde que a alma não seja pequena. E que o prefeito pense grande.
Ricardo Cravo Albin
Presidente do Conselho Empresarial de Cultura da ACRJ
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