Não é de hoje que todos reconhecemos uma cândida verdade no terreno sutil (e por vezes incorpóreo) da cultura: há órgãos e/ou idéias que funcionam. Outras não, embora até bem intencionadas.
O Conselho Estadual de Cultura, por exemplo, vem promovendo nesses últimos tempos uma atenta e quase heróica atuação. Aliás, um esclarecimento preliminar: este Conselho, criado e logo presidido pelo extraordinário escritor fluminense José Cândido de Carvalho, é hoje uma referência nacional, já que o congênere federal (do MinC) foi extinto há muitos anos.
Reativado pelo então Secretário Arnaldo Niskier e integrado por 22 notáveis de todas as áreas de conhecimento, o CEC vem desenvolvendo, em reuniões semanais, um amplo projeto de articulação e presença culturais como há muito não se via no Estado. São seminários para defender o patrimônio artístico (em parceria com o SESC-Rio). São mapeamentos da literatura e da culinária fluminenses (em parceria com a FAPERJ e INEPAC). São sessões solenes na ABL para reverenciar brasileiros mortos que jazem esquecidos pela falta de memória coletiva que tanto nos aflige. São, enfim, edições de revistas (em parceria com a Imprensa Estadual) como O Prelo, dirigidas pela sabedoria do mais velho conselheiro, a grande figura que é Antônio Olinto.
Além dos estudos de tombamentos de bens imateriais tão caros a nós cariocas como o samba, o jongo, o choro e as escolas de samba.
Em resumo, um trabalho a custo zero e tão criativo poderá ser agora interrompido caso Sérgio Cabral e seu Secretário Conde não acenarem ao Conselho um afago. Uma simples bem-querença. Mesmo enquadrando o colegiado no projeto de ambos para as mudanças tão comuns a novos governos que se empossam.
Ricardo Cravo Albin
www.dicionariompb.com.br
Não é de hoje que todos reconhecemos uma cândida verdade no terreno sutil (e por vezes incorpóreo) da cultura: há órgãos e/ou idéias que funcionam. Outras não, embora até bem intencionadas.
O Conselho Estadual de Cultura, por exemplo, vem promovendo nesses últimos tempos uma atenta e quase heróica atuação. Aliás, um esclarecimento preliminar: este Conselho, criado e logo presidido pelo extraordinário escritor fluminense José Cândido de Carvalho, é hoje uma referência nacional, já que o congênere federal (do MinC) foi extinto há muitos anos.
Reativado pelo então Secretário Arnaldo Niskier e integrado por 22 notáveis de todas as áreas de conhecimento, o CEC vem desenvolvendo, em reuniões semanais, um amplo projeto de articulação e presença culturais como há muito não se via no Estado. São seminários para defender o patrimônio artístico (em parceria com o SESC-Rio). São mapeamentos da literatura e da culinária fluminenses (em parceria com a FAPERJ e INEPAC). São sessões solenes na ABL para reverenciar brasileiros mortos que jazem esquecidos pela falta de memória coletiva que tanto nos aflige. São, enfim, edições de revistas (em parceria com a Imprensa Estadual) como O Prelo, dirigidas pela sabedoria do mais velho conselheiro, a grande figura que é Antônio Olinto.
Além dos estudos de tombamentos de bens imateriais tão caros a nós cariocas como o samba, o jongo, o choro e as escolas de samba.
Em resumo, um trabalho a custo zero e tão criativo poderá ser agora interrompido caso Sérgio Cabral e seu Secretário Conde não acenarem ao Conselho um afago. Uma simples bem-querença. Mesmo enquadrando o colegiado no projeto de ambos para as mudanças tão comuns a novos governos que se empossam.
Ricardo Cravo Albin
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