A ACRJ aí do título é a Associação Comercial do Rio, que cumpre em 2009 seus duzentos anos de existência. E a velha Casa do Barão de Mauá acaba de proclamar novo presidente, o José Luiz Alquéres, empresário de ação e homem público de vocação. Eleito por unanimidade, Alquéres substitui Olavo Monteiro de Carvalho, cujos quatro anos de exercício (ao lado de Humberto Motta) coroaram uma ação inovadora e definitivamente atrevida, rejuvenescendo a Velha Senhora. Aliás, a ACRJ porta o título de “a mais antiga instituição civil do Brasil”, cujos alicerces estão (bem) plantados na Praça do Comércio, hoje a Casa França-Brasil. Ou seja, no centro histórico do Rio.
Pois bem, dias antes de sua eleição, Alquéres recebeu o título de Cidadão Benemérito da Assembléia Legislativa e ali foi saudado como zelador do social e da cultura. Eu fui até lá e tive o prazer de ouvir do Governador Sérgio Cabral, em discurso breve mas incisivo, uma promessa que certamente reluzirá nas administrações dele e de Alquéres: a volta da velha Praça do Comércio, atrelando-se esse sítio histórico, de novo, às suas origens bicentenárias. Ou seja, a ACRJ comemorará a bela data redonda – na verdade, uma celebração nacional – com suas origens retomadas e lubrificadas. Nem há como não saudar-se intenções tão cristalinas – pelo menos quem, como eu, preza as tradições e os valores tão maltratados nesta nossa cidade. Porque eles retomam o rito das verdades históricas, essência de uma metrópole que se quer civilizada e digna.
Ricardo Cravo Albin
Escritor e Jornalista
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