O ICCA indica por ser bom e educativo: “EUGÊNIA”, monólogo com Gisela de Castro, volta aos palcos, no Teatro Gláucio Gil, em Copacabana.
Espetáculo dirigido por Sidnei Cruz faz apresentações de 19 de outubro a 9 de novembro.
“Eugênia” tem tudo para se tornar a nossa “Gilda, uma mulher inesquecível” tupiniquim. O monólogo estrelado por Gisela de Castro volta aos palcos para uma curta temporada, dessa vez no Teatro Glaúcio Gil, em Copacabana, de 19 de outubro a 9 de novembro, aos sábados, domingos e segundas, às 20h, com ingresso a R$30 e R$15 (meia entrada). Com direção de Sidnei Cruz, Gisela de Castro – em seu primeiro monólogo -, interpreta Eugênia José de Menezes, filha do governador de Minas Gerais, que teve um romance com Dom João VI, engravidou e foi expulsa da Corte, sendo exilada num convento. O projeto foi contemplado no Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura e já passou pelos palcos dos teatros Maria Clara Machado, na Gávea e Eva Herz, na Livraria da Cultura, no Centro, sempre com casa cheia e boas críticas da imprensa especializada. O espetáculo recebeu indicação para dois prêmios: Shell e Cesgranrio, como melhor cenário e melhor figurino.
A partir de uma ampla pesquisa histórica, a escritora Miriam Halfim criou o texto onde Eugênia conta, com muito humor e ironia, sobre seu envolvimento com o Príncipe Regente de Portugal. Conhecido por seu desleixo corporal e apetite voraz para devorar um frango assado inteiro, Dom João marcou seu nome na história – ora como covarde e preguiçoso, ora como um generoso monarca, amigo do povo, que deixou importante legado para o Brasil. Entre os livros usados como material bibliográfico estão “O português que nos pariu”, “1808”, “Carlota Joaquina, a rainha devassa”, “1822” e “O segredo da bastarda”.
Gisela, na pele da personagem que emerge do mundo dos mortos para contar sua versão dos fatos históricos, revela os meandros da nobreza, as farsas dos governantes e as artimanhas para abafar um escândalo real: do romance entre a jovem e o príncipe, nasce uma bastarda, que vive por vários anos no claustro de um convento distante.
A peça pretende discutir o papel da mulher na formação da identidade brasileira, levantando questões de gênero ao longo da história, mas lançando um olhar contemporâneo sobre a mulher do final do século XVIII e início do XIX. A ideia é revelar ao público a história inédita dessa mulher – cujo enredo conta muito da história do Brasil, vista por de trás dos panos.
O diretor – Sidnei Cruz é dramaturgo, diretor, gestor cultural e, atualmente, gerente de Cultura da Escola Sesc. Criador dos projetos Palco Giratório: Rede Sesc de intercâmbio e difusão das Artes Cênicas e Dramaturgia e mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais, ele publicou o livro “Palco Giratório, uma difusão caleidoscópica do teatro” e ainda realizou, no Sesc/DN, interlocuções para o programa de TV “conversa sobre as artes” com vários artistas. Suas mais recentes encenações são: “Relicário” e “Beco do Bandeira” (com o Bando Filhotes de Leão), “O Samba Carioca de Wilson Baptista”, “O Auto da Compadecida” (com a Cia Limite 151), além da supervisão cênica de “Chico Prego” (com o grupo Makuamba-ES)
A atriz – Gisela de Castro é atriz profissional desde 1999 e trabalhou com os diretores Márcio Vianna, Domingos Oliveira, Diego Molina, Michel Bercovitch, Paulo Hamilton, Antonio Quinet, Gilberto Gawronski, Moacir Chaves, Bianca Byington e Luís Igreja. Entre os trabalhos realizados estão “As três irmãs”, de Tchekhov (dirigido por Morena Cattoni), “Os Sapos” (com texto e direção de Renata Mizrahi), “Sarau das Putas” (com dramaturgia e direção de Ivan Sugahara) e “Linha Reta e Linha Curva”, de Machado de Assis (direção Dudu Sandroni). Entre os infantis, destacam-se “Joaquim e as estrelas”, de Renata Mizrahi e “Bisa Bia, Bisa Bel”, de Ana Maria Machado – nove indicações a prêmios. No cinema atuou nos longas “Quase Dois Irmãos”, de Lúcia Murat e “Mulheres do Brasil”, de Malu de Martino. Como produtora, assinou a produção e codirigiu “O Pequenino Grão de Areia” de João Falcão – Prêmio Zylka Sallaberry de melhor espetáculo de 2006 e “Procura-se Hugo”, de Diléa Frate, com a Companhia do Gesto.
Sinopse:
Eugênia José de Menezes, filha do Governador de Minas Gerais no final do século XVIII, engravida de Dom João VI e, para evitar escândalos, é banida da corte. Ela volta do mundo dos mortos para relatar a sua versão dos fatos, ironizando a atual política no Brasil.
FICHA TÉCNICA
Texto – Miriam Halfim
Direção – Sidnei Cruz
Interpretação – Gisela de Castro
Direção musical, composição e execução – Beto Lemos
Cenário – José Dias
Figurino, adereços e design de aparência – Samuel Abrantes
Iluminação – Aurélio de Simoni
Direção de Produção – Maria Alice Silvério
Assistente de Direção – Viviane Soledade
Produtor executivo – George Luis Prata
Assistente de Figurino – Rosa Ebee
Preparação Corporal – Morena Cattoni
Preparação Vocal – Verônica Machado
SERVIÇO:
Eugênia
Teatro Gláucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde s/n, Copacabana – Tel.: 2332-7904)
Horário: sábados, domingos e segundas-feiras, às 20h.
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00
Capacidade: 102 lugares
Duração: 55 mim
Classificação: 14 anos
Gênero: Comédia
Temporada de 19/10 a 9/11