Ao público, portanto, dá-se então não só o prazer de ouvir o melhor das músicas de seu ídolo, mas também o privilégio de compartilhar de sua vida, suas idéias, seus segredinhos até.
O espetáculo do Luiz, que inclusive revelou ter processado estrangeiros por apropriação indébita de seu clássico “Menino de Braçanã”, música, aliás, invejada por Adoniram Barbosa, foi ao final aplaudido de pé, com pessoas debulhadas em lágrimas. Lágrimas de emoção pela vida do poeta, pelo fato de ser pai-avô de dois gêmeos de 7 anos depois dos 80 de vida, pela integridade de sua música tão refinada. Em resumo, o nosso “Menino Passarinho” demonstrou que não está em plena forma, mas no viço mais faiscante do brilho pessoal. Se os leitores estão curiosos
sobre esse evento, aí vai a dica: agora, quarta-feira, depois de amanhã, ao meio dia e meia em ponto, será a vez de outro mito também saído das brumas já longínquas, mas sempre estimulantes, dos anos 50, Doris Monteiro, uma das mais categorizadas cantoras deste país.