Quando certos administradores de órgãos públicos são instados por simples pressão pública a não serem afastados de seus cargos, isso será sempre definido pela solidariedade para a permanência dos indicados. Exatamente pelos muitos acertos de suas administrações.
É por isso que agora me fica claríssima a unanimidade do clamor que vem sendo dedicado à permanência do cientista e médico Jerson Lima à testa da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, a FAPERJ.
O que houve? Felizmente só rumores – tão simplesmente rumores – de que o reconhecido e elogiado Jerson Lima, administrador do principal órgão público de incentivo às pesquisas, também à cultura e por certo à ciência, seria substituído. Apenas para atender à episódica e pontual(?)necessidade política do digno governador Cláudio Castro.
De fato, as labaredas que se acenderam para projetar o foco de luz na impecável administração do Professor Jerson nesses últimos anos estão mesmos cobertos de acertos e razões.
Não de hoje, os órgãos ligados à cultura e ao desenvolvimento da ciência reconheceram em Jerson Lima um dos mais hábeis e corretos executivos em área tão difícil de ser equilibradamente compartilhada. Todos os setores interessados no assunto, cultura e ciência, ergueram suas solidariedades no sentido da permanência de cientista de tal porte e credibilidade à frente da FAPERJ.
Aliás, Jerson Lima acumula premiações e citações como “homem do ano” em infindáveis registros de personalidades proeminentes, e isso em inumeras vezes consecutivas. Integrante da Academia Nacional de Medicina, Lima é reconhecido (e mesmo aclamado) em círculos internacionais, sendo nome visível quando se registram os maiores talentos emergentes do Brasil em ciência, tecnologia e novas formas de conhecimento e pesquisas a favor do ser humano.
Portanto, este artigo não atende senão às dezenas de solicitações que me foram endereçadas para que eu tornasse pública minha solidariedade pela permanência de Jerson Lima à testa da FAPERJ. O que faço com emoção, dirigindo-a em especial a quem de direito, Cláudio Castro.
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2024
Ricardo Cravo Albin
Presidente do Instituto Cravo Albin e do Pen Clube do Brasil
P.S: Acabo de saber que está à venda um dos mais belos sobrados ainda existentes na Cidade: a Casa Marc Ferrez, em plena Rua da Quitanda, no centro carioca. Ali desde 1915, a bela edificação abrigou o nome do principal fotógrafo dos últimos anos do Império brasileiro e dos primeiros da República, Marc Ferrez. O pioneiro fotógrafo teria registrado o Brasil inteiro, mas o Rio seria seu foco e sua paixão prioritários. Razão, aliás, de ter Marc Ferrez conquistado na Exposição Universal da Filadélfia(EUA), em 1876, sua primeira distinção internacional: a medalha de ouro.
Portanto, este artigo pretende alertar sobre o belíssimo sobrado, tanto quanto sobre a importância de Marc Ferrez. E, claro, do Professor Jerson Lima.
Todas as reações: