2016 se abriu em samba neste primeiríssimo dia do mês. O Instituto celebrou hoje os cem anos exatos de dois grandes pioneiros: Silas de Oliveira e Heitor dos Prazeres, este último um dos fundadores do samba, na casa de Tia Ciata em 1916. E um grande pintor “naif”, descoberto por Carlos Drummond de Andrade, seu público admirador e chefe no antigo Ministério de Educação, Cultura e Saúde (que naquela altura deveria ser melhor que a de hoje). O ICCA exibiu para um grupo de 30 turistas estrangeiros a partitura de Heróis da Liberdade (cujos versos “Esta brisa que a juventude afaga, esta chama que o ódio não apaga.”) foram também objeto de Drummond em crônica no correio logo depois do carnaval, que os considerou “um manifesto de simplicidade e beleza purificadora” para o Brasil em pleno AI 5. Ambos, Silas e Heitor, foram ouvidos pelos turistas como heróis do velho samba, cantando algumas de suas próprias músicas com suas respectivas vozes. Ou seja, instituição particular faz o que a cidade deveria fazer em museu público.
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